terça-feira, 12 de abril de 2011

Em meio a protestos, bloco europeu pede austeridade fiscal a Portugal



                                                                            09/04/2011 11h58 - Atualizado em 09/04/2011 15h40

Ministros pediram 'compromisso' a Lisboa, em troca de ajuda financeira.Cerca de 30 mil foram às ruas de Budapeste protestar contra medidas.

Os ministros de Finanças dos países da União Europeia insistiram, neste sábado (9), que Portugal promova reformas e defenderam medidas de austeridade na região, enquanto milhares de trabalhadores europeus protestavam em Budapeste contra os cortes de gastos.

Os ministros das finanças e bancos centrais do bloco de 27 países, se reuniram no segundo dia de conversas informais próximo à capital da Hungria, em resposta à crise na zona do euro.

O encontro ocorreu após Portugal ter se tornado, na quarta-feira, o terceiro país da zona a pedir ajuda financeira à União Europeia e ao FMI.

Os ministros europeus disseram que, em troca de empréstimos emergenciais estimados em 80 bilhões de euros durante três anos, Lisboa teria que se comprometer com reformas estruturais mais profundas, buscando reduzir seu déficit orçamentário e suas dívidas a um nível sustentável.

"As regras são muito claras. Quem precisar da assistência dos outros países membros europeus e países membros da zona do euro terá que tomar medidas sustentáveis para reduzir o déficit, pois esta é a razão pela qual estão pedindo ajuda", disse à jornalistas o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble.

Cerca de 30 mil pessoas de toda a Europa andaram pelo centro de Budapeste em protesto contra as medidas de austeridade fiscal, em manifestação organizada pela Confederação Europeia dos Sindicatos (ETUC, na sigla em inglês).

Manifestantes sopravam cornetas e gritavam frases como "Nós queremos empregos! Criem, não cortem (empregos)!"

Um dos manifestantes, Christian Guldentops, da CNE, o sindicato cristão belga, disse à Reuters: "Nós estamos vindo aqui para dizer não ao plano de Angela Merkel e Nicolas Sarkozy e ao plano de austeridade da União Europeia."

John Monks, secretário-geral da ETUC, disse que a Europa não deveria entrar em pânico com altas dívidas e disse que o custo de liquidar a dívida em países como a Grécia e a Irlanda é muito alto.

"Se estamos todos juntos, então o que os bancos, os mercados financeiros e os ricos e confortáveis estão fazendo? Nós queremos os mais largos ombros para suportar o fardo mais pesado, para que o peso não caia todo em cima dos pobres, dos mal pagos, dos desempregados..."

Fonte:

http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/04/ue-quer-austeridade-fiscal-em-portugalsindicatos-protestam-1.html


RESENHA DA NOTÍCIA:

                      A crise em Portugal e a globalização


Depois da Grécia e da Irlanda, Portugal é o terceiro país a pedir ajuda à União Europeia e ao FMI. O empréstimo pode ultrapassar a quantia de 90 mil milhões de euros. A globalização atual, que muitas vezes facilita o comércio, acaba sendo o fator destruitivo de um país.

Segundo a notícia, Os ministros de Finanças dos países da União Européia, insistiram que Portugal promova reformas, além de defenderem medidas severas para a região. Eles também disseram que, em troca de empréstimos estimados em 80 bilhões de euros durante três anos, Lisboa teria que se comprometer com reformas estruturais mais profundas, buscando reduzir seu déficit orçamentário e suas dívidas a um nível sustentável.

Essas reformas estruturais, na tentativa de ajustar o país, acabam prejudicando a população, já que a alta nos preços, baixos salários e o desemprego são fatores conseqüentes da crise da globalização que miserabilizam a qualidade de vida da população.

Em protesto as medidas de austeridade fiscal, cerca de 30 mil pessoas de toda a Europa andaram pelo centro de Budapeste, movimento organizado pela Confederação Européia dos Sindicatos (ETUC, na sigla em inglês). Esse protesto é uma forma de dizerem um ‘não’ ao desemprego. A migração é uma das conseqüências da crise, por causa do desemprego e da pobreza, pessoas buscam melhores condições de vida em outros países. No caso, da crise em Portugal, brasileiros que vivem em lá, pensarem seriamente em voltar para o Brasil, onde a situação é de crescimento econômico.

Afinal, o que tem a globalização haver com o assunto? A globalização que temos hoje, ampliou a tecnologia e o mercado mundial, porém quando um país entra em crise, acaba prejudicando não só o bloco econômico em que está contido, mas também, os países. Isso levando em consideração a própria definição de globalização: interligação entre pessoas, empresas e países. A globalização então trará uma de suas conseqüências, a migração, esta é causada pelo desemprego, as pessoas procuram melhores condições de vida em países mais desenvolvidos.

Por Caroline Freitas

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