segunda-feira, 11 de abril de 2011

Islandeses voltam a rejeitar reembolsos ao Reino Unido e à Holanda

                                                                                                
                                                                                                                          Publicado 10/04 - 06:03

Os islandeses rejeitaram claramente – e pela segunda vez consecutiva – o pagamento da dívida reclamada pelo Reino Unido e pela Holanda depois da falência do banco Icesave em 2008.

Segundo resultados praticamente definitivos publicados esta noite, cerca de 58 por cento dos islandeses voltaram a oferecer um rotundo “não” no segundo referendo sobre o tema no espaço de um ano.

Em causa está o reembolso de quase 4 mil milhões de euros de 300 mil clientes britânicos e holandeses do Icesave, que perderam os investimentos quando o banco se afundou em plena crise económica mundial.

O conflito passará certamente para os tribunais europeus, já que o Reino Unido e a Holanda disseram, mesmo antes do segundo referendo, que não haveria novas negociações com a Islândia.

O triunfo do “não” deixa pendente o processo de adesão do país à União Europeia, até que se resolva a questão, e enfraquece a coligação no poder desde as legislativas antecipadas de 2009.

Fonte:
http://pt.euronews.net/2011/04/10/islandeses-voltam-a-rejeitar-reembolsos-ao-reino-unido-e-a-holanda/

RESENHA DA NOTÍCIA:
                                  A Islândia e a UE

A Islândia é um país europeu e capitalista. As taxas de desemprego são baixas, e a distribuição de rendimentos é bastante ampla, porém, ela é ainda é um dos mais recém-industrializados na Europa. Em 2008, o banco Icesave entrou em falência, fazendo com que 300 mil clientes britânicos e holandeses, perdessem todos os seus investimentos. Atualmente, britânicos e holandeses, querem um reembolso de quase 4 mil milhões de euros, algo que os islandeses negaram após um plebiscito sobre o assunto.

No final da notícia, “Islandeses voltam a rejeitar reembolsos ao Reino Unido e à Holanda”, mostra-se que o “não” do povo islandês, pode atrapalhar no processo de adesão do país á União Européia (UE). Mas afinal, porque é tão importante ser um membro da UE?

A resposta é simples, porém, precisa-se conhecer primeiramente a importâcia de um bloco econômico. Com economia atual globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos econômicos e estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais. Quanto mais um bloco aumenta, mais crescimento econômico gera para os países integrantes. Se um país não pertencer a um bloco econômico, ele estará isolado do mundo comercial, pois estará impossibilitado, muitas vezes, de fazer grandes acordos comerciais.

A União Européia, oficializada no ano de 1992 através do Tratado de Maastricht, é um dos muitos blocos econômicos mundiais. Ela possui uma moeda única que é o EURO; Todos os cidadãos dos países membros, podem circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Européia; Além de possuir políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de imigração.

Então, se é tão importante ser um membro de um bloco econômico, no caso a UE, porque os islandeses negariam uma possível adesão a esse bloco econômico? Temos que levar em consideração, que há sempre vantagens e desvantagem de se fazer parte de um bloco econômico. A vantagem é que os países integrantes da UE não precisam entrar numa briga individual com outros países fora do bloco por melhores preços, tendo em vista que as importações são feitas para o bloco, ou seja, por vários países simultaneamente. Porém a Islândia possui uma grande preocupação quanto a adesão, pois, muitos partidos políticos islandeses creem que a adesão do país a UE, os levariam a perda do controle sobre os seus recursos naturais. Em geral, não só recursos naturais, mas também, possívelmente a perda sua autonomia comercial e econômica.

Por Caroline Freitas

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