segunda-feira, 11 de abril de 2011
Obama tenta recuperar influência dos EUA na América Latina
15/03/2011 - 17h08
WASHINGTON, 15 Mar 2011 (AFP) -O presidente Barack Obama tentará recuperar a influência americana na América Latina em sua primeira viagem regional de cinco dias por Brasil, Chile e El Salvador, um périplo cheio de simbolismo político e pouca essência, segundo analistas.
Obama, em seu segundo ano na presidência, encontrará uma América Latina com várias democracias sólidas, que pôde enfrentar a crise econômica mundial e com crescentes ligações comerciais com países como China e Índia, que tiraram os Estados Unidos de áreas onde antes dominavam.
"Há um reconhecimento de que os Estados Unidos já não têm a influência que tiveram", afirmou Michael Shifter, presidente do centro de análise Diálogo Interamericano, durante um debate.
"A pergunta com essa viagem é se os Estados Unidos serão capazes de superar os temas que os impediram de ser a peça mais importante do jogo, sobretudo na América do Sul", estimou.
Obama partirá na sexta-feira na viagem que o levará a Brasília, Rio de Janeiro, Santiago e San Salvador, quando ainda goza de alta popularidade na América Latina, e quase dois anos depois de uma primeira viagem ao México e a Trinidad e Tobago, durante a Cúpula das Américas.
Um dos problemas que Obama tem nas mãos é o fato de que em vários dos temas mais importantes para a região, como migração, luta antidrogas e comércio, não tem mais coisas a mostrar.
"Os Estados Unidos não estão em posição de oferecer grandes projetos de cooperação com a região", informou Kevin Casas-Zamora, analista do Brookings Institute.
A viagem terá "muito simbolismo político e escassa essência", afirmou.
Obama teve ultimamente uma agenda cheia, internamente com a progressiva hostilidade da oposição republicana, e externamente com as rebeliões no norte da África e Oriente Médio, e o terremoto no Japão, tanto que a Casa Branca teve de confirmar a viagem nesta terça-feira.
Não é surpresa então que "nos últimos dois anos, a agenda americana para a América Latina teve um certo abrandamento", disse Casas-Zamora.
A etapa mais importante da viagem é o Brasil, onde "buscará acabar com as múltiplas tensões surgidas nas relações" com um país que adquiriu relevância mundial, estimou Peter Hakim, presidente emérito do Diálogo Interamericano.
Obama teve divergências com o Brasil sobretudo no tema nuclear iraniano, apesar de também ter se chocado com o país pela política em relação a Cuba e no golpe de Estado em Honduras, mas a presidente Dilma Rousseff, mais pragmática que seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, está abrindo uma oportunidade de aproximação, segundo os analistas.
"O Brasil já não é um país emergente. Já emergiu, e os Estados Unidos e o Brasil devem aprender a se tratar em um nível diferente", disse Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil do centro Woodrow Wilson.
Obama também prevê fazer um discurso em Santiago para assentar as bases das novas relações com o continente. Mas os países latino-americanos estarão mais atentos ao que ele vai dizer no Brasil, porque será o termômetro que mostrará se as políticas para a região "mudaram ou não", disse Hakim.
O presidente americano fará escala no Chile para destacar os progressos políticos, econômicos e sociais chilenos como um exemplo na região, indicaram os analistas.
E sua escala em El Salvador será dominada pela batalha contra o crime organizado e o narcotráfico.
As restrições orçamentárias americanas lhe impedirão de comprometer mais recursos para a região, mas certamente oferecerá uma "maior coordenação regional (...) que inclui Colômbia e México como atores cruciais" na luta antidrogas, disse Casa-Zamora.
Além disso, nesta viagem se beneficiará da fragilidade da campanha anti-americana do governo venezuelano de Hugo Chávez e seus aliados, opinou Hakim.
Obama evitará referir-se a Cuba e Venezuela e outros países antagonistas e focará em países com projetos exitosos, concluiu Shifter.
Fonte:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2011/03/15/obama-tenta-recuperar-influencia-dos-eua-na-america-latina.jhtm
RESENHA DA NOTÍCIA:
Influência e poder
Um país como os EUA, que tem grande importância no contexto mundial, conhecido como o país da contemporaneidade, onde a tecnologia é uma das mais avançadas, a educação é uma das melhores e o mercado de trabalho é o mais aberto e o que gera mais lucro para o trabalhador, é visto por muitos como o paraíso, ou quase isso.
Os Estados Unidos cresce cada vez mais não só economicamente, mas também no seu poder de manter tudo e todos voltados para ele próprio, sua influencia para com o mundo pode ser notada em qualquer parte. Esse domínio “intelectual” e “cultura”, atinge boa parte do mundo, é como se nós já estivéssemos inseridos na sua cultura, alias são eles quem moldam os padrões da nossa sociedade, desde a roupa que vestimos, o filme que assistimos e a comida que comemos. Mas de acordo com a noticia publicada pelo jornal on-line OUL noticias no dia 15 de março de 2011, vemos que a influencia econômica e política dos EUA está em baixa, pois os países nos quais possui um maior domínio (influencia) já não estão mais seguindo tanto os seus padrões socio-economicos. Michael Shifter, presidente do centro de análise Diálogo Interamericano afirma que "Há um reconhecimento de que os Estados Unidos já não têm a influência que tiveram".
Nos países em desenvolvimento da América Latina, de acordo com a noticia, possuem várias democracias sólidas, que pôde enfrentar a crise econômica mundial e com crescentes ligações comerciais com países como China e Índia, tiraram os Estados Unidos de áreas onde antes dominavam. Os EUA agora têm alguns concorrentes em relação ao mercado financeiro, a China tem sido seu principal “rival” nessa corrida pelo poder. No Brasil, a China tem sido atuante, o que de certa forma diminui a influência dos EUA no nosso país. Mas como todo e bom jogador, nunca da o braço a torcer, os EUA tenta recuperar o que perdeu, como vimos na noticia anterior a esta (EUA não se intimidam com presença da China na América Latina) os EUA tem se mostrado confiante em si de não perder seu lugar para a China, pelo menos não em relação ao Brasil. O que resta a nós, é esperar das nossas autoridades, que elas façam o melhor para o país. Se os EUA ou a China vai “ganhar” o jogo, ninguém sabe, o que se espera é que em breve, não sejamos tratados como uma peça, mas como um jogador.
De acordo com a noticia, Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil do centro Woodrow Wilson, afirma "O Brasil já não é um país emergente. Já emergiu, e os Estados Unidos e o Brasil devem aprender a se tratar em um nível diferente". Apesar de toda essa desigualdade de níveis, talvez estamos subindo os degraus para chegar ao primeiro mundo mais rápido do que pensamos, e quem sabe um dia influenciar e não ser influenciado.
Por Lays Luchi
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