07 de novembro de 2011 • 06h15 • atualizado às 07h12
A mulher australiana venceu um velho tabu e poderá ir para a frente de combate igual a qualquer outro soldado, mas as jovens que iniciam sua carreira militar ainda têm que enfrentar situações de discriminação e assédio sexual.
Um total de 74,1% das cadetes da Academia das Forças de Defesa da Austrália denunciou algum tipo de assédio sexual, principalmente em forma de brincadeiras e comentários obscenos, de acordo com um relatório da Comissão Australiana de Direitos Humanos divulgado nesta semana.
Desse total, 2,1% das entrevistadas confessaram ter sido vítimas de estupros e 4,3% admitiram que sofreram maus-tratos por se negarem a ter relações sexuais, embora a situação tenha melhorado desde 1998.
O governo ordenou esta investigação por causa do escândalo que sacudiu as Forças Armadas, após a divulgação na internet de imagens, gravadas em segredo, de uma cadete de 18 anos tendo relações sexuais com um militar, além de denúncias posteriores de casos semelhantes.
A abertura da investigação oficial não foi fácil e enfrentou o ministro da Defesa, Stephen Smith, e as Forças Armadas, mas o governo da primeira-ministra australiana, Julia Gillard, a primeira mulher a chefiar o Executivo na Austrália, se manteve firme.
Outro sinal da mudança que o governo trabalhista tenta promover foi a eliminação, em setembro, das restrições que impediam as soldados de ir para a frente de batalha.
Apesar dos avanços, a Austrália ainda tem problemas para derrubar todos os preconceitos e conseguir a plena integração da mulher nas Forças Armadas. A Academia das Forças de Defesa da Austrália oferece formação a jovens a partir dos 18 anos, dos quais apenas 20% são mulheres.
Segundo um relatório divulgado recentemente, os interessados saem do ambiente aberto da escola de ensino médio para o de um centro militar e, em geral, vêm de famílias nas quais a maioria dos pais não possui estudos universitários.
Nas Forças Armadas, compartilham dormitórios e serviços higiênicos e têm acesso a grandes quantidades de álcool sob "inadequados níveis de supervisão", de acordo com a Comissão Australiana de Direitos Humanos.
Os cadetes têm também, em geral, um conhecimento confuso das relações de gênero e dos limites de comportamento com suas colegas, que são constantemente tratadas como objeto sexual e se tornam alvo desses rapazes, segundo a investigação.
Um elemento novo no comportamento dos jovens militares australianos são as novas tecnologias, como os telefones celulares com câmeras fotográficas que permitem filmar e divulgar suas "façanhas" facilmente.
Para contribuir com a melhoria da condição da mulher nas Forças Armadas, a Comissão Australiana de Direitos Humanos apresentou 31 recomendações às autoridades.
A situação das militares é apenas um reflexo do que ocorre na Austrália, onde uma em cada cinco mulheres já foi vítima de assédio sexual em algum momento de sua vida.
Fonte:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5457982-EI17616,00-Mulheres+lutam+por+igualdade+nas+Forcas+Armadas+da+Australia.html
Acessado dia 6 de dezembro de 2011
RESENHA:
Igualdade de Genêro: Luta feminina por direitos iguais
A igualdade de gêneros é algo que está evoluindo não só na Austrália mas, também em diversos países, claro que não com o mesmo ritmo, enquanto algums paises possuem mulheres na presidência como o Brasil, outros não as admitem nem no exercito. Na Austrália é bastante complicado. Por ser um pais de certa forma tradicional, sua cultura ainda não admite a igualdade de gênero nem dentro das forças armadas. Após ter conseguido a pouco tempo o direito de se quer participar das ações militares, agora o problema é enfrentar o preconceito e descriminação em relação aos homens. As mulheres sofrem muita repressão e são constantemente abusadas dentro da própria força armada de seu pais.
Como a noticia diz “A situação das militares é apenas um reflexo do que ocorre na Austrália, onde uma em cada cinco mulheres já foi vítima de assédio sexual em algum momento de sua vida”, o que evidencia a discriminação que as mulheres ,possuem ainda hoje no século XXI. E mesmo reconhecendo essa igualdade de direitos a homens e mulheres, a verdade é os direitos das mulheres continuam a ser violados, fruto de práticas culturais ancestrais que continuam em nossa sociedade atual. A visão tradicional é que o lugar das mulheres, tinham a nobre missão: procriarem e cuidarem do lar. Essa visão tradicional talvez esteja concretizada até hoje, principalmente pelo fato de que a Austrália é um dos países mais novos e que não teve tempo ainda de se desenvolver culturalmente, em relação a participação das mulheres na sociedade. Mas essa é uma conquista de um futuro próximo, no qual pode ser adiantada pela mobilização das próprias mulheres do pais. Pois é somente através de manifestações mais objetivas que podemos antecipar acontecimentos que nos gerem direitos benéficos para a sociedade, já que a mulher também faz parte dela.
A globalização em si, trouxe para nós um novo contexto de divisão do trabalho. Apesar da mulher de forma geral estar mais incluída no mercado de trabalho, ainda existem discriminações, através de algumas diferenças cruciais que mostra como essa situação de ascendência da mulher ainda é até hoje inferior, como, por exemplo: salários menores, cargas horárias maiores pelo mesmo salário, preferência de uma homem do que a uma mulher numa disputa por uma vaga de emprego, etc. Em muitos trabalhos, a mulher é discriminada pelo fato de que a profissão é culturalmente exercida por homens, e esta é vista como um ser frágil e incapaz de se igualar ao homem em questão de força.
Enfim, a igualdade de gêneros está aumentando cada vez mais. E é através do tempo que nós mulheres vamos ganhando espaço no mercado de trabalho e se igualando aos homens na questão dos direitos sociais.
Por lays Luchi.
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