27/01/2012 16h02 - Atualizado em 28/01/2012 09h13
FDA impediu o desembarque de 11 carregamentos, sendo cinco do Brasil.
Testes mostraram presença do fungicida carbedazim, vetado nos EUA.
A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira (27) a retenção de carregamentos de suco de laranja do Brasil e do Canadá, que apresentaram resultado positivo para a presença do fungicida carbedazim, vetado nos EUA. Ao todo, a agência americana impediu o desembarque de 11 carregamentos, sendo cinco do Brasil e seis do Canadá.
Segundo a agência americana, os testes apontaram presença do fungicida em níveis acima do permitido pelos EUA.
Do total reprovado, o FDA deteve nove carregamentos. Os fabricantes de outros dois carregamentos suspenderam voluntariamente as importações. No caso do suco vetado, os importadores têm até 90 dias para retirar a mercadoria do país ou destruí-la.
O órgão também informou a aprovação de outros 29 carregamentos, que continham níveis do fungicida considerados seguros - abaixo de 10 ppb (partes por bilhão), dos quais 15 já foram liberados. Conforme o relatório do FDA, foram aprovadas amostras do México (14), Canadá (7), Brasil (2), Costa Rica (2), Belize (1), Honduras (1), Líbano (1) e Turquia (1).
Ao todo, o FDA informou ter coletado amostras em 80 carregamentos de suco de laranja. Na próxima semana, a agência deve divulgar os resultados dos testes realizados com o suco produzido nos EUA.
O uso da substância é proibido em produtos cítricos nos EUA, mas é permitido no Brasil e empregado no combate à 'pinta-preta', um tipo de fungo comum em pomares de laranja.
Suco brasileiro é de 'alta qualidade', diz CitrusBR
A CitrusBR, que representa as companhias brasileiras produtoras e exportadoras, informou que o presidente da entidade, Christian Lohbauer, encontra-se nos EUA, onde participa de reuniões com objetivo de resolver a questão.
"A CitrusBR reafirma a alta qualidade do suco brasileiro, um produto com mais de 40 anos no mercado internacional e que nunca passou por qualquer tipo de questionamento quanto à sua qualidade", informou a entidade, em comunicado.
Lohbauer se reuniu na quinta-feira (26), em Washington, com representantes da FDA, da Associação Americana dos Processadores de Suco da Flórida, do Departamento de Segurança Alimentar e Nutrição (CFSAN) e da Agência Ambiental Americana (EPA).
"As conversas giraram em torno das metodologias de teste para detecção de resíduos da substância carbendazim em suco concentrado (FCOJ) e suco não concentrado (NFC). Michael Landa, diretor do CFSAN, afirmou que todos os esforços serão voltados para apresentar uma resposta até o início ou meio da próxima semana", informou a CitrusBR.
Disputas comerciais
A venda de suco de laranja brasileiro nos EUA é alvo de críticas de produtores americanos (concentrados no Estado da Flórida) e já resultou em disputa comercial que levou ambos os países à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em 2008, o governo americano passou a aplicar medidas antidumping sobre o suco de laranja brasileiro, alegando que o produto era vendido nos Estados Unidos por um preço menor que no mercado brasileiro (o que caracterizaria dumping).
O Brasil, então, recorreu contra as medidas à OMC, que decidiu em favor dos produtores brasileiros. A questão foi resolvida em junho de 2010, quando os EUA desistiram de apelar de decisão.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2012/01/eua-barram-carregamento-de-suco-de-laranja-do-brasil.html
Acessada dia 27 de janeiro de 2012
RESENHA:
Soberania dos EUA
Desde que o Estados Unidos das Americas se tornou a maior potência mundial, ele utiliza de uma tatica muito inteligênte por sinal de valorizar os seus produtos, antes de importar de outro país. E as vezes acaba até impondo ou armando certas normas para barrar a entrada de produtos externos que possam gerar concorrência com os do proprio país. E esse é um dos principais motivos para a economia americana ser tão forte.
Graças ao seu poder político e economico que os EUA conseguem fazer isso, pois podem impor suas normas e qnd exportão não enfretam tantas normas assim. E já que os paises menores não teriam a capacidade de barrar as mercadorias dos EUA, já que se eles fizessem os memos que sairia com o prejuizo seriam os paises menores.
Por: Lucas Nascimento
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