segunda-feira, 11 de abril de 2011

Forças pró-Kadhafi atacam cidade de Ajdabiyah na Líbia


                                                                              09/04/2011 07h56 - Atualizado em 09/04/2011 11h32

Cidade está tomada pelos rebeldes que combatem o ditador.
 Na véspera, oposicionistas pediram mais comunicação com tropas da Otan.

Forças leais ao ditador Muammar Kadhafi bombardearam os subúrbios a oeste da cidade rebelde de Ajdabiyah neste sábado (9) na Líbia. Pacientes e funcionários tiveram de ser retirados do hospital da cidade, segundo testemunhas.

Tomada pelos rebeldes antigoverno, a cidade fica no caminho da fortaleza dos rebeldes, Benghazi.A rede Al Jazeera afirmou que as forças de Kadhafi entraram em Ajdabiyah.

Um navio da Cruz Vermelha conseguiu atracar em Misrata neste sábado, carregando medicamentos suficientes para tratar 300 pacientes com ferimentos a bala.

Misrata, o único grande reduto rebelde no oeste da Líbia, está sitiada pelas forças de Kadhafi há semanas. Insurgentes disseram na sexta-feira que rebateram um ataque na fronteira leste da cidade após intensas batalhas que causaram a morte de cinco pessoas.

Os rebeldes disseram que pretendem tomar o controle de Brega neste sábado, e que alguns já entraram nos subúrbios da cidade.

Ataques aéreos da Otan atingiram depósitos de armamentos das forças de Kadhafi no oeste líbio na sexta-feira, disse um morador.

A Líbia enfrenta uma guerra civil desde o começo deste ano, quando manifestações pedindo a renúncia do ditador Kadhafi, há 42 anos no poder, se transformaram em confrontos violentos e passaram a ser reprimidas com força pelo regime.

Em 17 de março, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução que valida quaisquer medidas necessárias, inclusive militares, para impedir um massacre de civis.

Dois dias depois, a coalizão internacional liderada por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha começou a bombardear a Líbia. O comando da operação passou para a Otan. Os ataques aliados fragilizaram as forças pró-Kadhafi, mas não foram suficientes para permitir um avanço militar rebelde, criando um impasse no campo de batalha.

Nesta sexta (8), após bombardeios da Otan terem matado e ferido rebeldes, os oposicionistas pediram mais comunicação com as tropas aliadas.

Fonte:
http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2011/04/forcas-pro-kadhafi-atacam-cidade-de-ajdabiya-na-libia.html

RESENHA DA NOTÍCIA:

                                      Conflitos na Líbia

É interessante falar de acontecimentos no continente africano, nesse momento em que prováveis marcos históricos estão acontecendo.

Como visto acima, tomamos aqui a questão da Líbia, excessivamente noticiada nos jornais de todo o mundo. A Líbia é um país árabe que atualmente passa pela ditadura de Muammar Kadhafi, líder de estado que assumiu o poder em 1969 após aplicar um golpe de estado e se mantém no poder durante mais de 40 anos, passando por muitas acusações em relação ao envolvimento com terrorismo. As revoltas que se iniciaram na Tunísia, atingiram outros países árabes sob regime ditatorial como Síria, Argélia, Omã, Egito, entre outros a Líbia. No país de Kadhafi, revoltas começaram a surgir no leste, onde historicamente sua popularidade não é muito elevada. Essas revoltas orquestradas pelos chamados "conselhos populares", são constituídas pela população como um todo, mostrando a insatisfação popular com relação ao governo vigente. A rebeldia dos habitantes foi respondida com repressão armada violenta do governo, as forças pró-Kadhafi.

A notícia acima fala sobre um conflito armado que ocorreu recentemente entre as forças pró-Kadhafi e os oposicionistas na região de Ajdabiya, um local que fica entre o caminho que leva para a base dos rebeldes em Benghazi. Também diz respeito ao andamento dos bombardeios liderados pela Otan.

Os conflitos na Líbia mostram, mais uma vez na história, que regimes governados sob decisões inflexíveis e singulares, ou seja, ditatoriais, nunca serão estáveis, sempre ficarão sujeitos a revoltas, oposições, guerras e mortes.

Por Daniel Freitas

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