sábado, 9 de julho de 2011

EUA se queixam do Brasil no combate às drogas


                                                                                                          Publicado em 21/06/2011 às 11h40

Governo não aderiu ao chamado Grupo de Amigos da América Central

Os Estados Unidos emitiram nesta segunda-feira (20) duas discretas queixas sobre a ausência do Brasil nos esforços de combate ao narcotráfico e à violência na América Central e na África Ocidental. Em ambas as iniciativas, Washington está presente. O Brasil, ao contrário, não aderiu ao chamado Grupo de Amigos da América Central, por meio do qual os países europeus, os Estados Unidos e o Canadá tentam articular uma estratégia conjunta para acabar com as gangues e o tráfico de drogas.

O Brasil igualmente se mostra omisso na iniciativa dos Estados Unidos de cooperar nessas áreas com países da África Ocidental - o destino primário da cocaína transportada pelo território brasileiro. O embaixador William Brownfield, secretário-assistente de Estado para o Escritório Internacional de Narcóticos dos Estados Unidos, falou sobre o problema.

- A maioria da droga que passa pelo Brasil vai à África Ocidental e, eventualmente, à Europa. Isso pode mudar no futuro. O narcotráfico é bom comerciante e sempre está pronto a buscar uma oportunidade.

Ele se referiu à possibilidade de a droga alcançar o mercado norte-americano.

- Para evitar isso, será preciso uma boa colaboração entre os governos do Brasil, dos Estados Unidos e de outros países.

Segundo o embaixador Brownfield, sem a participação "direta, entusiasmada e positiva" do governo brasileiro, os Estados Unidos e a África Ocidental não terão sucesso em sua iniciativa conjunta na área da segurança cidadã, que envolverá especialmente o combate ao narcotráfico.

O acordo está fase inicial de negociação. O Brasil, por enquanto, não participa dessas conversas. No caso da América Central, a omissão brasileira também é percebida com reservas pelo governo americano.

Fonte:

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/eua-se-queixam-do-brasil-no-combate-as-drogas-20110621.html

Acessado no dia 29 de Junho de 2011

RESENHA DA NOTÍCIA:


                      O narcotráfico e o domínio Americano

O narcotráfico, hoje em dia, é um problema que tem afetado muitos países, levando os mesmos a buscar atitudes conjuntas no combate a esses problemas. O Brasil é um dos grandes geradores do narcotráfico no mundo. Porém, o mesmo, não se prontifica a aliar-se a um grupo formado por países da América Central e Europa para o combate, sendo assim criticado pelos Estados Unidos.

“O Brasil processa, importa e exporta vários tipos de drogas. Tornou-se importante centro de produção e de consumo, além de fornecer novas drogas alternativas para os mercados interno e externo e de se ter constituído em mais uma peça da engenharia do crime do narcotráfico internacional. Assim, rapidamente cresce a importância do País no comércio internacional de drogas. Aumentam então, no cenário mundial, as expectativas quanto ao seu papel no enfrentamento do mesmo.”
(PROCÓPIO, Argemiro e COSTA, Alcides; 1997).

Como percebemos, não só o Brasil está envolvido com esses problemas, mas também outros países em que o narcotráfico está em uma dimensão alarmante. Assim, para controlar o narcotráfico, os EUA, juntamente com a Europa e alguns países da América Central entraram em “guerra contra o narcotráfico”.

Essa “guerra” promovida pelos EUA tem um aspecto principalmente econômico, por buscarem impedir que surja uma forte burguesia nos países subdesenvolvidos apoiada neste grande negócio ilegal, pois atualmente esse negócio lucra cifras em torno de trilhões de dólares. Há também uma política de repressão seletiva, pois atacam os pequenos produtores e consumidores ou destroem os grandes cartéis somente quando estes assumem proporções gigantescas. Essa política é explicada pelo fato das máfias americanas e os grandes bancos recolherem todo o grosso dos lucros do narcotráfico.

Os EUA, com toda a sua ajuda ao controle do narcotráfico, não estão preocupados com a produção de drogas, mas com a consolidação do seu domínio sobre a América Latina. As desculpas podem mudar, mas o objetivo é sempre o mesmo: aprofundar o domínio sobre os paises subdesenvolvidos e garantir os lucros das grandes corporações norte-americanas. Assim, os EUA tentam construir, aos poucos, uma nova ordem mundial baseada na sua absoluta e indiscutível liderança. Para isto, é necessário que eles acabem com as situações "problemáticas" que ainda existem nas regiões mais estratégicas do planeta.

Por Caroline Freitas

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