quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
EUA abrem "embaixada virtual" para conseguir entrar no Irã
06 de dezembro de 2011 • 21h24 • atualizado às 21h41
Os Estados Unidos abriram nesta terça-feira uma "embaixada virtual" na internet para se aproximar dos iranianos apesar da ausência de relações oficiais, em uma tentativa de romper a "cortina eletrônica" imposta pelo regime islâmico.
As autoridades iranianas já expressaram sua ira por essa iniciativa, acusando os Estados Unidos de pretender interferir no país depois que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, anunciou o projeto em outubro passado.
A "embaixada virtual", que ficou online nesta terça-feira no endereço http://iran.usembassy.gov, fornece comunicados emitidos pelo governo americano em inglês e em persa, informação sobre vistos, notícias dos Estados Unidos e links para compartilhar pontos de vista.
Em uma mensagem de boas-vindas no site, Hillary expressa sua esperança de que a plataforma seja um veículo de comunicação entre iranianos e americanos "de forma aberta e sem temores".
"Pelo fato de os Estados Unidos e Irã não terem relações diplomáticas, perdemos algumas oportunidades importantes para dialogar com vocês, os cidadãos do Irã", afirmou em uma mensagem de vídeo. "Mas hoje podemos usar as novas tecnologias para diminuir essa brecha e promover uma maior compreensão entre nossos países, e entre os povos dos países, que é o motivo pelo qual criamos esta embaixada virtual", disse Hillary.
Fonte:
http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI5506809-EI12884,00-EUA+abrem+embaixada+virtual+para+conseguir+entrar+no+Ira.html
Acessado dia 6 de dezembro de 2011
RESENHA:
Um Estado Soberano
Pressões e sanções políticas dos Estados Unidos em relação ao Irã são cada vez mais frequentes por conta da suspeita de enriquecimento de urânio, com finalidade da criação de bombas atômicas. Apesar de tudo, inclusive da retirada da embaixada física dos EUA no Irã, a globalização se faz presente na relação que a potência tem com o país do Oriente.
Os Estados Unidos mostra, mais uma vez o poder da sua capacidade de influência mundial com a criação de uma “embaixada virtual”. Em tempos que os limites entre o público e o privado são cada vez mais subjetivos na internet, esta medida mostra que a soberania de um país não está protegida se apenas forem fortificadas suas barreiras físicas; o mundo virtual também é uma ameaça que pode modificar os planejamentos da segurança.
Segundo a secretária de Estado, Hillary Clinton, isto que foi criado é uma “embaixada virtual” que tem como finalidade a comunicação dos americanos com os iranianos, porém, vai além disso: é um instrumento que busca alertar o povo daquele país e impedir uma alienação, bem como impor questões defendidas pelas autoridades criadoras do site.
Olhando ainda por outro lado, existe uma possibilidade de os EUA usarem esse instrumento para fomentar um princípio de indignação semelhante a dos países que participaram do evento chamado “Primavera Árabe”, jogando a população contra o líder do Estado.
As possibilidades são várias com a criação desse site, mas algo é inevitável: será um instrumento importante nos tempos que se seguem, não apenas por ser um pioneirismo, mas por ser uma tendência nas relações futuras, a impessoalidade em questões conflituosas.
Por Daniel Freitas.
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